quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Idade Média Parte III


Finalmente! \o/

Bem pessoas, desculpem o atraso, infelizmente internet não capta sinal de fumaça... O código binário ultilizado nos envios de informações não lê as partículas de cinzas! Estou com saudades de escrever, por isso vocês podem se preparar pois vai rolar muita informação dessa vez, faço questão de postar informações interessante e importantes aqui, e tenho medo de passar informações distorcidas da realidade, por isso, pra mim qualquer contribuição é infinitamente importante, então sempre resalto: qualquer coisa mandem um e-mail! Vejam o twitter também: @CMariliaCostaR ou Face: Cynthia Rodrigues

Bem, finalmente chegamos ao terceiro e último post sobre a Idade Média, espero que você possa ter entrado no mundo dos bardos com sua visão mágica que possibilita sua presença em meu blog e dá uma melhor visão sobre a realidade que os povos antes de nós tiveram dentro de suas sociedades e suas casas, espero sinceramente que você tenha curtido essa idéia e viajado comigo a esse outro universo encantador, pode crer que esta não será a última vez que falarei deste assunto por aqui, será mencionado outras vezes em outros posts, claro, porém resolvi primeiramente falar exclusivamente do assunto dando algumas menções em outras coisas, afinal, trata-se de história das sociedades passadas! Para que você camponês, elfo ou seja lá o que for possa assimilar, antes de tudo, os fatos reais da Era das Trevas! Espero que você tenha se divertido gafanhoto, agradesso sua companhia neste post e nos outros, caso tenha perdido os outros aí vão os links:

Idade Média Parte I

Idade Média Parte II

Caso queira inclusive jogar um jogo tipo The Sims e simular sua vida na idade média, você pode entrar neste site, do jogo Second Life que oferece diversas possibilidades, ou mesmo deixar o aplicativo no facebook para o jogo CastleVille! Recomendo!!! Muito Bom! *.*

Bem, vamos falar um pouco sobre casamentos na idade a média?! Pois bem cavaleiro, eu também gostaria que os contos de fada fossem realidade, mas os casamentos nem sempre eram tudo isso que lemos nos livros, as mulheres nesse passado remoto eram basicamente mercadorias e sua saída final era um casamento com algum lord ou coisa assim, vale resaltar que casamentos sempre existiram em praticamente todas as sociedades e culturas em todas as épocas e civilizações.



Pra você entender com praticidade o assunto esqueça a imagem dos casais apaixonados que vemos nas novelas, amar assim na verdade é uma coisa moderna... Morrer de amor é coisa do século XIX, uma verdadeira moda! Vamos fazer um tour no significado do casamento para as antigas sociedades e ver as outras possibilidades...

Nas sociedades antigas o casamento era uma forma de manter uma linha sucessória e garantir o direito a propriedade, era uma forma inclusive de preservação da espécie para o homem primitivo, diga-se dessa forma considerando os fatores de periculosidade em que vivia o cidadão dessa época para o homem moderno, mas fala sério, a questão de periculosidade que consideramos advem dos costumes modernos que temos, devido a modernização de nossas formas de vida nos tornamos mais do que vuneráveis à natureza, mais do que dependentes, somos como um feto ou um recém-nascido se ficarmos sozinhos numa floresta, e é uma pena que algumas pessoas não lamentem a degradação do espaço natural terrestre, o homem moderno em busca do lucro imediato tem afetado as espécies naturais e ameaçado inclusive a sua própia!

Nos tempos primordiais o homem entendia a necessidade de procriação, como disse, como uma forma de preservação da espécie, logo seu objeto de adoração era tudo aquilo que tinha como fértil, tudo aquilo que considerava como procriador, então a presença e adoração do masculino e feminino era algo fundamental em suas crenças primitivas, nesta época sem estudo científico o homem considerava que a mulher concebia um filho sozinha, sendo então a mulher geradora de vida era adorada e valorizada em seu meio social e as famílias eram organizadas numa linhagem matriarcal. Ainda no objetivo de preservar a espécie um homem podia inclusive ter muitas mulheres, então a poligamia era uma coisa comum nas antigas sociedades, e uma mulher ter muitos parceiros também não era muito incomum. Então veio a idade média e a festa da procriação não era mais o centro pelo qual duas pessoas se uniam, as sociedades possuiam um casamento mais do que plátificado dentro das questões econômicas das famílias dos noivos, fora isso a vida entre quatro paredes ficou muito mais recatada por causa da influência da igreja católica.


O Casal Arnolfini de Jan van Eyck

No mundo ocidental tudo que estivesse relacionado ao sexo com excessão da procriação era considerado pecado, até pensar no assunto era proibido! Só quem realmente se dava bem era o senhor feudal: além de colocar um cinto de castidade na sua esposa ele poderia ter relações sexuais com qualquer noiva do feudo na primeira noite do casamento dela. A anatomia não evoluiu muito na idade média devido a repugnância que ganhou os estudos científicos diante da supervalorização da religião cristã, mas apesar disso os conhecimentos técnicos para evitar o sexo sim! Não há um concesso entre os historiadores quanto a invenção do cinto de castidade, mas acredita-se que o modelo mais antigo seja o de Bellifortis, de 1405. Feito de metal, ele tinha aberturas farpadas que permitiam urinar, mas não copular. Também foi inventada a infibulação, técnica de costura da vagina para garantir a fidelidade da mulher ao senhor feudal enquanto este viajava.

A datação tradicional da Idade Média vai de 476, queda do Império Romano do Ocidente, a 1453, queda de Constantinopla. Já no oriente e em países asiáticos a visão era mais liberal, os homens asiáticos podiam ter quantas mulheres quisessem desde que pudessem sustentar todas. Porém, o segundo casamento teria que ter a aprovação da primeira esposa, isso era uma forma de garantir que a mulher não ficasse sozinha e desamparada.

O casamento monogâmico é um parâmetro dos primórdios da cultura judaico-cristã, porém mesmo assim, durante séculos, os homens puderam exercer o concubinato em paralelo ao casamento sob o pretexto de garantir herdeiros. A monogamia matrimonial só passou a ser adotada de fato na Idade Média, com a ajuda da igreja católica, que ganhou impulso quando a o casamento passou a ser considerado como santo sacramento a partir do século XII. Uma tentativa de disciplinar o comportamento sexual das pessoas dessa época.

Rainha Vitória


Hoje casamento é símbolo de vestido branco e troca de alianças, mas esse modelo de casamento é recente, definiu-se no século XIX, graças à Rainha Vitória, da Inglaterra, conhecida pelo puritanismo, foi depois de seu casamento que as noivas passaram a subir o altar vestidas de branco, simbolizando pureza.



Em questão da paquera nessa época no século XII surgiu o amor cortês. na corte o cavaleiro levava o lenço da mulher amada, mas era um amor platônico e infeliz - como a união se dava por interesses econômicos a dama e o cavalheiro quase nunca ficavam juntos, os noivos arranjados muitas vezes só se conheciam por retratos pintados a óleo. Quanto as posições sexuais meu(minha) caro(a) leitor(a) somente uma era permitida pela igreja: a posição missionária, mais conhecida hoje como papai-e-mamãe, esse nome "missonária" se dava pelos missionários tentarem difundí-las em locais que tinham outras práticas. Para os cristãos ela é a única posição apropiada porque , segundo São Paulo, a mulher deve surjeitar-se ao marido. O recato quanto as relações era tão grande que nas residências de alguns cidadões tradicionais as relações sexuais se davam pela mulher coberta com um lençol com um furo no meio! A família da noiva que podia casar logo após a segunda menstruação, pagava um dote(dinheiro ou bens) à família do noivo, que tinha geralmente entre 16 e 18 anos. mas havia proibições, claro: O papa Gregório I proibiu o casório entre primos de terceiro grau, e Gregório III proibiu a união de parentes de até sexto grau!

Para desincentivar o prazer sexual solitário, surgiram nessa época o mito de que os meninos ficavam com espinhas ou calo nas mãos caso se masturbassem. Se uma menina se tocasse estava, na verdade, ou tendo um encontro com Satã ou teria sido enfeitiçada por bruxas. A paranóia era tão grande que muitos tomavam banho vestidos, pois até mesmo o banho era considerado algo libidinoso.

A relação homossexual era considerada sodomia e também crime com pena de morte, além de considerada heresia pela igreja - os homossexuais podiam ser queimados nas fogueiras, no oriente era aceito, mas na surdina - Por exemplo, em exércitos em guerra, era preferível a relação entre soldados do que recorrer a prostitutas

Como os homens não podiam ter prazer com suas mulheres, com que se relacionavam com o intuito de procriação, a procura por prostitutas era grande. Ao mesmo tempo que, não muito diferente da realidade atual, eram malvistas pela igreja e pela sociedade, as profissionais do sexo tinham que doar metade de seus lucros ao clero - foi o que instituiu o papa Clemente II (1046-1047)

 Segundo a suma teológica de são Tomás de Aquino, documento escrito de 1265 a 1273, havia dois tipos de pecado pela luxúria:
- Pecado contra a razão
Fornicação e adultério, por exemplo
- Pecado contra a natureza
Os pecados que vão de encontro a ordem natural e fundamento para a existência do ato sexual.
Aí se incluem mastubação com animais, homossexualidade e a prática antinatural do coito. Leia-se: não podia ser feito sexo em orifícios não naturais (boca e ânus), mesmo que fosse entre marido e mulher!

Enfim, depois de toda esse assunto realmente pecaminoso, vamos começar a rumar para outras terras Cavaleiros...